HAIKU
HAIKU
(Fonte wikipédia)
Haiku é uma forma curta de poesia japonesa. É considerado o poema mais pequeno do mundo.
O haiku tradicional consiste de 17 "ON" (também conhecido como MORA). "ON" são unidades de som mas que no Ocidente são equiparados a sílabas. No Ocidente, estas 17 sílabas distribuem-se por três pequenos versos de 5-7-5 sílabas respetivamente. Em japonês, os haiku são tradicionalmente impressos em uma linha vertical única.
Embora a palavra "ON" seja traduzida como sílaba, um "ON" é contado para uma sílaba curta, duas para uma vogal alongada ou ditongo e uma para uma sílaba terminada em "N". Assim, a palavra HAIBUN é contada como duas sílabas no português, e é contada como quatro "ON" no japonês (HA-I-BU-N). O mais conhecido haiku japonês é a Velha Lagoa de Matsuo Bashô;
Separado em "ON"
Fu-ru-i-ke-ya (5)
ka-wa-zu to-bi-ko-mu (7)
mi-zu no o-to (5)
Tradução (17 sílabas)
Velha lagoa
um sapo salta nela
o som da água
ORIGEM
Hokku é a estrofe de abertura de um poema ortodoxo colaborativo, ou renga. Na época de Matsuo Bashô (1644-1694) o hokku havia começado a aparecer como um poema independente e foi também incorporado no Haibun (uma combinação de prosa e poesia) e no Haiga (uma combinação de pintura com hokku). No final do século XIX, Masaoka Shiki, renomeou o hokku independente como HAIKU.
Hokku é o primeiro verso do HAIKAI ou Renku colaborativo, mas sua posição como verso de abertura tornou-o mais importante, definindo o tom para toda a composição. A escola de Bashô promoveu o Hokku independente, assim dando origem ao que hoje é chamado de HAIKU.
HAIBUN é uma combinação de prosa e haiku.
HAIGA é um estilo de pintura japonesa sobre a estética do Haikai e geralmente inclui um Haiku. Atualmente, os artistas de Haiga combinam o Haiku com pinturas, fotografias e outras formas de arte.
Haiku, canção cujo texto é uma sucessão de poesias haiku, rimando o primeiro verso com o terceiro, e no segundo verso criei uma rima interna em que a segunda sílaba do verso rima com a última sílaba.
HAIKU
Dia de gelo
Aurora, pássaro só
Suiseki belo
Essa paisagem
Que a pedra copia
Minha viagem
Pra se divertir
Rio fala segredo
Pra eu descobrir
Tulipa, cravo
A flor precisa de amor
Amante escravo
A luz que rima
Tulipas, um céu ali
Em Hiroshima
Calor de verão
Miragem de amor rara
Talvez Teerão
Pedras, pedrinhas
Ausência, jardim zen
Sombras sózinhas
Outono no chão
Passei por ti sussurrei
Aprende a lição
Outono viver
O sol preso no anzol
Pra noite morder
Outono e eu
Nandinas vermelhas vi
O sol se perdeu
No meu poema
Golshifteh Farahani
E no cinema
Aqui medito
Estou longe do que sou
Meu infinito